História de um marinheiro músico
No auge da década de 1950, o boletim interno dedicou uma edição especial aos talentos artísticos da corporação. Entre eles estava Luiz Felippe Magalhães, destacado como exemplo de profissional que uniu disciplina e sensibilidade. O texto narra sua infância cercada de melodias populares e o ingresso na Escola Naval, onde aperfeiçoou técnicas de regência e composição.
O artigo relembra apresentações memoráveis, como o concerto em homenagem a veteranos da Segunda Guerra, realizado no Teatro Municipal do Rio de Janeiro. O repertório alternava dobrados vibrantes e peças contemplativas, compostas pelo homenageado. Colegas citados no texto afirmam que Magalhães possuía “ouvido infalível para ajustar cada instrumento ao timbre exato”.
Um trecho especial aborda o cuidado com o ensino musical: o maestro incentivava jovens marinheiros a assumirem solos, descrevendo cada ensaio como uma oportunidade de aprendizado coletivo. O autor enfatiza que a liderança de Magalhães estava na escuta atenta e na convicção de que a música poderia fortalecer laços dentro da corporação.
“Magalhães conduzia a banda como quem conduz uma embarcação: firme no leme, atento aos ventos e confiante em sua tripulação.”
A transcrição a seguir conserva a narrativa original, adaptando apenas a formatação e a ortografia para o acordo vigente. Notas de rodapé foram convertidas em blocos explicativos, garantindo a preservação das referências históricas.